Bom, começo escrevendo sobre um assunto meio complicado, que divide muitas opiniões, mas que acho necessário uma discussão um pouco mais aprofundada sobre. Estou falando das cotas para universidades. Imaginando que minha opinião seja compartilhada também entre várias outras pessoas, expressá-la-ei aqui e agora.
As cotas foram criadas com o intuito de “tapar” um buraco na educação pública, de cobrir uma falha de administração governamental e de investimentos em um dos principais setores em qualquer sociedade, principalmente em um país de economia emergente como o Brasil. A educação não pode ser tratada como algo fútil, e ser deixada em um segundo plano na escala de investimentos. Não diria que sou a favor das cotas, as vejo como uma medida emergencial, mas que não deve ser perpetuada da maneira que foi perpetuada a CPMF, que era para ser apenas uma medida de emergência.
As cotas para estudantes da escola pública são uma “solução” interessante a curto prazo, enquanto se pensa em uma reforma completa no ensino público brasileiro. Este, bastante debilitado já, precisa de um auxílio para possibilitar que alunos de baixa renda possam “lutar” de igual para igual com alunos que tiveram formação em instituições de ensino particulares. Já as cotas raciais eu não acho uma alternativa legal. Essa divisão das pessoas por cores é algo muito subjetivo, e o estabelecimento de cotas faz pensar que pessoas podem ser menos dotadas de capacidade mental apenas por causa de sua cor. Mas não vou me alongar muito.
Sendo assim, acho as cotas para estudantes de escolas públicas uma boa saída para fugir da deficiência do ensino brasileiro. Mas que não sejam eternas, deve haver iguais chances entre alunos de escolas públicas e particulares, não por causa das cotas, mas sim pela boa qualidade de ensino de base. E como já disse, acho as cotas raciais um absurdo, e espero que o governo reveja isso, que para mim são apenas mais uma forma de discriminação, causadas por uma péssima qualidade na educação brasileira.
4 comentários:
Opa, que honra, primeiro cometário do blog!!
Quanto ao post, compartilho a mesmo opinião, creio que essas medidas devam ser paliativas como forma de aumentar o acesso de algumas classes ao ensino superior. O problema é que não vemos um programa sério, de longo prazo, de melhoria do ensino público. Assim, fica díficil ver com bons olhos esse sistema de cotas que, ao meu ver, está longe de ser a solução para um acesso democrático a educação.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concurso de admissão vestibular 2008:
30% das vagas serão destinadas a candidatos que estiverem acima do ponto de corte e que estudaram em escola pública, sendo destes, 50%, ou seja, 15% do total de vagas, ocupadas por candidatos AUTODECLARADOS negros ou pardos.
Só pra constar, além de racismo, a meta é desigual, pois de acordo com o levantamento do IBGE, apenas 10% da população no estado é negra.
Além disso, entre as 10 melhores escolas de Porto Alegre, 2 são públicas.
Cotas = ridiculo, não serve nem de solução paliativa ou temporária...
Quero ver um cara que acertou 25~30% da prova de física passar nas cadeiras de engenharia...
Estupidez... Lula lá e nós aqui...
maravilha...
bem... eu sou totalmente contra essas coisas de cotas..
cotas eh a maior forma de discriminação que existe...
um negro tem a mesma capacidade que um branco tem de passar no vestibular.. um indio tambem...
ridiculo..
talves pudesse ter para quem estuda em colegio publico.. porque o ensino lá realmente é precario...
mas.. cotas deveriam ser abolidas :)
boto fé!
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