quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma liberdade controlada

Desde o surgimento das primeiras formas de Estado, o homem viu a necessidade da criação de normas que possibilitassem o adequado convívio social. Aliando instinto à regulamentação pública, ele tratou de conciliar desenvolvimento às práticas de relacionamento entre as pessoas. Mas será que as leis acabam com a liberdade ou garantem a boa convivência social?

O ser humano, racional e capaz de mudar a realidade que o circunda, tem por sua natureza a destruição. Dificilmente as pessoas conseguiriam manter um convívio de bem-estar e de intensas trocas sociais harmônicas se não existissem normas que regessem toda esta complexa teia de relações comportamentais.

Em uma sociedade onde a competição é fundamental para o sucesso profissional, por muitas vezes acabam ocorrendo atritos entre pessoas, que só não se tornam piores devido a um limite estabelecido pelas leis jurídicas. Mas elas não podem legislar sozinhas. É preciso que haja o uso do bom-senso também, para que ocorra um melhor aproveitamento dos potenciais individuais.

Sendo assim, as normas criadas, apesar de limitadoras, ironicamente acabam por garantir a liberdade do homem, já que dificilmente a humanidade perduraria sem leis que regulamentassem o bom convívio entre os povos. O homem é livre, mas precisa saber administrar sua liberdade.